Abaixo seguem as poesias enviadas por acadêmicos de todos os Estados do Brasil.
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Fosse você ventania,
eu descabelaria.
Fosse você o dia,
eu nunca anoiteceria.
Você, se assim fosse,
feita de fim,
nada em mim iniciaria.
Fosse o que fosse,
serias doce,
e eu nunca amargaria.
eu descabelaria.
Fosse você o dia,
eu nunca anoiteceria.
Você, se assim fosse,
feita de fim,
nada em mim iniciaria.
Fosse o que fosse,
serias doce,
e eu nunca amargaria.
CANÇÃO DO EXILADO
Minha terra tem cerrado
Onde vive o lobo-guará
Se eu morrer aqui do outro lado
Não mais o ouvirei chorar.
Nossas noites são mais claras
As cidades mais bonitas
Os jardins de beleza rara
Que aos olhos não acredita.
Mas aqui sozinho à noite
Nesse triste fim de cá
Recordo-me de tudo o que há lá
Minha terra tem cerrado
Onde vive o lobo-guará.
Mina terra, o diabo velho
Conhecido como Anhanguera
E depois de Goiás velho
Goiânia, a capital de uma nova era.
Foi Pedro Ludovico
A pedra em 1933
Talvez um sonho bonito
Que realidade ele fez.
Como Gonçalves Dias
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Pra ter novamente a alegria
De viver onde vive o lobo-guará.
carta a Antônio Cícero
Poeta, desculpe-me a intromissão,
mas se puder ler este poema
ficarei com uma sensação de vontade.
Meu nome é Gyannini como em poeta mesmo e
escrevo versos como quem morre também.
Sou goiano. Com agrado, posso dizer.
Convicção só e de pastelaria mesmo.
Acho algo hoje... Amanhã outra.
Pedaço por pedaço vou tentando reconstituir
a parábola do sertão.
Quem anda por aí é tropeiro.
Sou tropeiro.
Como Hugo de Carvalho Ramos o foi ou disse para ser e como ser.
A pedra [que funda o mundo] me funda.
Me inicia e me finda.
Em partes [como antes] ou por inteiro
como agora.
Se agora me apresentei me sinto menos culpado
ou por ora
menos aprisionado.
Vou – me indo porque o chamado das pétalas
das flores do cerrado clamam por suas verdades
e no tempo seco e sem água me reconduzo
as minhas tentativas vãs de escrever mal traçadas linhas.
abraço ao amigo que ainda em descoberta lhe ofereço a amizade.
Gyannini, por assim dizer!
(CRI)AÇÃO DO AMOR
Ele que criou os encaixes
Com tanta perfeição,
Não provou só da virgem
Mas também dos sãos.
Tudo estava pensado
Por meio dela a reprodução
E com o tempo passado
Neosexuais: o tesão.
Ele não é misericordioso
Mesquinho, egoísta de humor ácido
Faz mulher e homem gostoso
Diz ser pecado: Há, sou um palhaço.
No imenso tem orgia
Pare de viver de miragem
Coitada da virgem Maria
São 12 com vontade.
Tudo isso é um absurdo
Se não é pra fazer pra quê o criou?
As pessoas acham que podem tudo
Mas foi Deus que inventou o amor.
Se ele fosse levado a sério
Eu já teria me encontrado
Chegaria ao fim esse mistério
De Repente
Apaga-se a luz no espaço,
Tomas controle de mim,
E eu sem parar de pensar em ti,
Não posso reportar o tiro,
Furaste meu coração, atingiste o ponto fraco,
Aquele difícil de atingir amordaçado num canto!
Graças a ti libertei esta partição do meu disco,
Surpreendeste-me tanto, que nem… tive tempo,
Tempo para refletir no que sinto,
Virou logo paixão sem vir dar conta à razão,
Não deu para ter a tal reação,
Foi tudo tão rápido que…,
Foi tudo tão instantâneo que…,
Nem sei o que fazer,
Timidez tomou conta de mim sem avisar,
Eu sem te querer magoar, aleijar,
Queria evitar me declarar, mas sou obrigado,
Tu és uma miúda espetacular, quero-te a meu lado!
Esperança
Enquanto houver arco-íris depois da chuva
Enquanto houver luta
Se houver ainda um sorriso
Mesmo que escondido
Haverá esperança ...
Enquanto houver manhã após a noite
Voz que ainda cante
Amor que não engane
Aquele que ainda ame
Haverá esperança ...
Enquanto houver amizade
Brilho no olhar, vontade
Haverá esperança ...
E mesmo que haja dor, tristeza e rancor
Haverá alegria, paz e... alguém
com quem partilhar
cada momento... de esperança
Figuras
Você é a antítese que me deixa confusa:
Ora alegre, ora triste,
Ora esquerda, ora direita;
É a ambigüidade que, vez por outra,
Está em suas perguntas;
A hipérbole que me faz morrer de rir;
O hipérbato que me faz expressar pensamentos
De uma forma fora do comum,
Iniciando pelo fim, terminando pelo meio...
É a onomatopéia que me tira o sorriso mais gostoso, HÁ HÁ HÁ
E também a lamentação mais presente: Ai , ai...!!!
É o oximoro que me faz lembrar o Chaves,
Afinal, “ Foi sem querer querendo”;
É o eufemismo que não se faz presente,
Pois nunca suaviza frase nenhuma, é sempre direto;
É a antonomásia que virou “meu vício”;
A ironia que me atrai, me convida...
Literalmente, por assim dizer;
E como tantas outras figuras...
És a metáfora que me faz lembrar Camões,
Que me tira fora do sentido normal,
Que me emprega um sentido figurado
Ao me dizer sempre:
- FIGURA!!!!Máquina
Eu não queria ter sentimentos,
Apenas ver sem me tocar a alma,
De tal forma a qual não me traria sofrimentos
E a euforia, o orgasmo da criação, me pareceria calma.
Eu não precisaria me anestesiar,
Eu não necessitaria morrer nem matar,
Eu não exigiria mais nada da vida...
Como uma passagem de volta... Só de ida.
A solidão já não me seria problema,
A felicidade já não me gargalharia à toa,
E eu poderia me relacionar sem algema,
E viver uma vida que não enjoa.
Então eu não almejaria nenhum emblema,
Então eu saberia mesmo como a vida me entoa,
Então eu poderia lhe declamar um poema,
E saber na prática como é que se voa.
na tristeza da gente ou cantiga LÍRICA de menino
do silêncio que a mulher alardeia
na quadra de 2 anos
[protesto]
o único som ouvido
[a quem interessar possa]
é balbuciado em fala – silêncio mórbido e maneia a
criatura em risco de barnabé
[estilo modesto inventado para dar nome de poste à gente]
[excerto]
que poste todo mundo sabe é mudo preso e morto
mas o que não sabem é que poste é luz na ponta
na porta da casa que fica do lado da rua porque
casa não mora no meio da rua mora assim do lado
serve [a casa] para não deixar a rua sair do lugar e
faz calçada para segurar poste também senão vai
embora e manda para fora da própria condição de
concreto um certo tipo de maneira de ver mesmo no escuro e esse escuro serve para esclarecer o caminho que é na rua que serviu para segurar a casa o poste a calçada a menina o menino dentro da casa que cerca do lado de dentro do lote a rua
[fim do excerto]
ainda a menina que não deixou para o menino
o objeto de fazer amor que fez noutro dia o não fazer amor e mesmo assim o menino fez esforço para que ela pudesse fazer com ele amor. e amor para o menino era outra história que já é e até hoje é diferente do que ela aprendeu a vida inteira e que chamou de fazer amor ou amor mesmo. fazer amor é prática sexual de delícias e gozo no final. amor que é também fazer amor mas que no amor melhor é o sexo que faz gozar no corpo no seio na virilha e dentro dela. ou ela nele. ao lamber lambe o líquido que emana do gozo que cheira perfume de maneira de dentro do frasco que o menino lambe com toda a certeza de fazê-la chorar em prantos de mulher que ele agora fez-se homem e ela mulher mesmo. seio pequeno na boca faz como na [ÉDEM] maçã e ele com a serpente.
O passo
Um passo estava a um passo da destruição
Não iria mais ver o sol à lua as estrelas
Não iria mais assistir as crianças brincarem
Quando se está um passo da destruição
A sensação foi terrível, A perna tremeu,
O dedão encostou-se ao gélido cristal
Aquele frio na barriga
O desespero começa a atacar
Só de pensar em tudo que eu não veria
Tudo que eu perderia
Mais uma vez nessa situação
Quando se está a um passo da destruição
Mas essas coisas acontecem
Quando se acorda de manhã,
Meio tonto, ainda sonolento...
Ainda bem que não quebrei os meus óculos!!!
Ser Supremo
Sinto os sentimentos em mim desabrochar
Não sei o que faço
Mas tenho vontade de chorar e de prosseguir na luta
O amor sempre prevalece
Mas hoje penso só em me libertar de uma sensação que me persegue
Não sei o que faço
O silêncio diz que estou triste
Mas a vontade de lutar sempre me parece maior
Sou feliz
Tenho algo em minha vida maior que qualquer coisa que se possa imaginar
O ser maior que todas as coisas é o meu Deus
Supremo e muito digno de ser louvado
Tem um anjinho perto de mim
Ele me dar força para saber que a vida é linda
Ele chora, é uma linda criança
Brincando com o teclado enquanto escrevo
Feliz! Inocente de tudo no mundo!
Solitude
Quero demonstrar toda a minha angustia
Desde a dor que dilacera o meu corpo
Até tristeza que mutila a minha alma
Não há espaços para sorrisos nesses versos
Acabo de me ver no espelho,
Com um sorriso amarelado, com o corpo deformado.
Com um bafo de álcool e com os olhos mareados
Não há orgulho em mim, estou indo rumo à decadência.
Quero chorar por toda uma vida
Dessa nova era de vermes e concubinas
Estou fadado a viver essa sina
Subjugado por todos que me vêem
Queria saber aonde e quando tudo começou
Como uma bela criança se transforma no seu pior pesadelo?
Ah a tristeza é tanta, tudo que eu quero é um fim,
Que a morte venha rápida e que eu diga sim, sim, sim!
Tempo...
Tão fugaz quando trata de alegrias,
fantasias...
Tempo...
Tão eterno quando trata de tristezas,
avarezas...
Afinal,
a qual pretendes?
À fugacidade ou à eternidade?
Decides logo!
Tão fugaz quando trata de alegrias,
fantasias...
Tempo...
Tão eterno quando trata de tristezas,
avarezas...
Afinal,
a qual pretendes?
À fugacidade ou à eternidade?
Decides logo!